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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Fogo de Conselho

Baden-Powell (B-P) viajou pelos 5 continentes, durante o século 19, e notou que uma atividade era feita por todas as tribos, mesmo sem se conhecerem. Em todos os continentes essa prática era espontânea e comum:

Acendiam o fogo e se reuniam em volta para esquentar, iluminar e espantar os animais selvagens e, como não havia imprensa, passavam as informações aos mais novos, em volta do fogo.  Ombro a ombro, ensinavam a arte da guerra e da caça sempre com gestos e danças (origem das esquetes escoteiras) e portavam colares com os dentes e patas dos animais que caçavam e o que eles conseguiam dos inimigos vencidos. Quanto mais possuíssem estes “troféus”, maior era a sua bravura e o respeito que recebiam. Exibiam também as cicatrizes dessas lutas. Eram queridos, admirados e gozavam de grande prestigio  na tribo.

B-P pensou como poderia trazer para o Escotismo esse ato de sociabilização, de grande valor emocional para a formação dos mais jovens. Foi a primeira idéia do Fogo de Conselho!

Então B-P adaptou essas “patas, dentes, garras, armas e cicatrizes” substituindo por “distintivos”, costurados em uma “manta” para ser usada no Fogo de Conselho, que ele adotou com algumas adaptações.

O “verdadeiro” Fogo de Conselho é aquele feito com o Chefe da Tropa, seus assistentes e a sua Tropa.

O que fazemos em aniversários de Grupos é um “show artístico” em volta do fogo e não substitui de forma alguma, o Fogo de Conselho da Tropa!
O Fogo de Conselho é um recurso de formação do jovem e deve ser usado pelos chefes para passar mensagens sobre a Lei e a Promessa e histórias sobre os Valores Universais.
Essas histórias devem ser contadas pelo chefe de Tropa em todos os Fogos de Conselho que ele dirigir.

Fonte: adaptado de e-mail recebido de Elmer Pessoa.